O Monte Murado localiza-se em Pedroso. Este espaço contém vestígios de civilizações antigas e, com efeito, foram encontrados diversos materiais e instrumentos fabricados em pedra polida, remetendo ao período Neolítico.
Além disso, encontram-se também vestígios de uma cultura castreja, ou seja, numa cultura pré-romana na Península Ibérica que se terá desenvolvido entre os anos 800 e 400 a.C., abrangendo os períodos da Idade do Bronze, mas, maioritariamente, o da Idade do Ferro, devido aos movimentos migratórios dos Celtas.
Na época medieval, o Monte Murado era designado por “Castro Petroso”, “Mons Petroso” ou “Monte Kastro”, de acordo com documentos da época, sendo referido, por exemplo, no Cartulário Baio Ferrado, em Grijó. Posteriormente, em 1758, o Monte Murado adquire a atual designação pelo Pároco de Pedroso.
Também se encontram vestígios da ocupação romana no Monte Murado, estando presentes, por exemplo, em vestígios habitacionais, moedas (como a efígie e nome do Imperador César e do Imperador Constantino), objetos de adorno, louças, vasos, fragmentos arquitetónicos (plinto) e uma sepultura (onde se encontraram várias ânforas). Também foi encontrado um objeto denominado Tessera Hospitale, que era utilizado como forma de comunicação entre os romanos com os povos castrejos da Península Ibérica.
O Castro do Monte Murado incorpora a Rota do Românico, e sobre ela há ainda a saber que, com o intuito de converter as pessoas à Pax Romana, os romanos procuravam construir estruturas, aumentando o seu território, como é o caso das estradas que foram feitas na região do Monte Murado, das quais se destacam três: a primeira que vinha de Oliveira de Azeméis, a segunda direcionava-se ao litoral e a última, a Viseu.